quinta-feira, 27 de junho de 2013

Brasil venceu, mas o que queremos afinal?

O Brasil venceu, ok, mas é isso que queremos para o nosso futebol?
Digo, queremos uma seleção que busque a vitória a qualquer custo e que se dane a forma de jogar ou o futebol mais envolvente?

Esse questionamento é importante para avaliarmos o trabalho do Felipão e dos jogadores de maneira correta.
Se o que queremos é a vitória a todo custo, então, o trabalho do treinador está muito bom já que ele é um motivador, uma pessoa de grupo, de "família" e que sabe focar a equipe em busca de um objetivo.
Agora, se o que queremos é uma FORMA de jogar melhor, um futebol mais coletivo, mais envolvente e dinâmico, então, o seu trabalho está aquém do esperado uma vez que a seleção não tem apresentado nada de novo e moderno. São gols frutos de jogadas de bola parada, falhas de marcação, buracos entre os setores do campo e por aí vai.

Tudo bem que hoje o time mantém mais a posse de bola e, no início dos jogos, marca pressão, porém, só no início e a posse de bola ainda é extremamente defensiva. A bola fica de um lado para outro na defesa, de zagueiro para lateral, de lateral para volante e volta para o zagueiro, ou seja, não leva perigo nenhum ao adversário.

Se formos analisar individualmente os jogadores teremos algumas "surpresas". Eu, particularmente, não gosto do Tiago Silva. 
Todo mundo o acha um baita zagueiro. Eu, pelo contrário, acho-o bom apenas e muito supervalorizado. Podem reparar, quando o jogo é mais pegado, mais duro e os atacantes são de melhor qualidade, ele entrega o ouro. Falha, comete erros grosseiros, chega atrasado nas divididas. Ontem, por exemplo, o jogo foi duríssimo e ele enfrentou um ataque formado por Cavani, Suarez e Forlan, como se saiu?

Outro que não merece elogios é o Oscar. É um jogador fraco e comum. Não gosto do seu estilo de jogo e acho que ele some nos momentos mais importantes das partidas.
Não adianta vir comentarista aqui falando que ele faz um trabalho interessante de deslocamento no campo junto com o Neymar de forma a confundir a marcação adversária. Já ouvi gente dizendo que o Neymar corre de fora para dentro do campo e ele de dentro para fora. Tudo bem, confusão na defesa adversária é ótimo mesmo, mas é essa a sua função principal no time?
Quem arma as jogadas de ataque, quem faz o último passe para os atacantes, quantas vezes ele chuta CERTO a gol?
Nós nunca o vemos onde deveria estar. As jogadas de gol brasileiras dificilmente saem de seus pés. Ontem, por exemplo, o 1º gol saiu de um lançamento do Paulinho para o Neymar e o 2º em uma cobrança de escanteio do Neymar para o Paulinho.
Cadê o Oscar? Na Copa das Confederações toda, quantas vezes vocês o viram em jogadas de perigo real ou deixando os jogadores na cara do gol?
Para mim, ele é mais fruto dos elogios mentirosos da imprensa do que bom jogador. Acho-o um Kaká bastante piorado.

Na verdade, se formos analisar friamente os jogos da seleção brasileira, não elogiaremos ninguém. Está todo mundo abaixo da média.
Não gosto deste jeito de jogar do Brasil. Queria mais velocidade, mais movimentação no ataque e mais qualidade na marcação. Infelizmente, ainda estamos bastante dependentes das bolas paradas! Daqui a pouco, vão convocar o Marcos Assunção para dar mais qualidade a esse expediente.

Não vi, até agora, evolução tática nem técnica do time. Estamos ganhando na vontade, na raça, naqueles lances fortuitos. Isso é pouco para sermos considerados favoritos a alguma coisa importante.

Eu preferiria que este torneio estivesse sendo usado como preparação e treino para uma evolução, mas, infelizmente, a Globo, o povo brasileiro e a CBF pressionam pelo título. 

A falta de visão para o futuro me preocupa bastante. Somos imediatistas demais com relação ao futebol. Não projetamos melhoras nem desenvolvimentos a longo prazo. Isso é um pecado mortal.

Nosso futebol está abaixo das principais forças mundiais e, em vez de cobrarmos melhoras nesse sentido, nos preocupamos com títulos em torneios de menor expressão. 
Parece até complexo de vira-lata, não é mesmo?

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