sexta-feira, 22 de novembro de 2013

O valor de uma conquista das categorias de base

Quanto vale para um clube profissional de futebol ganhar títulos nas categorias de base?
Muito? Pouco?

Não acredito que vi, dias atrás, no Twitter, alguns torcedores santistas minimizando a conquista da Copa do Brasil sub-20 pelo Santos.
Sério, torcedor não gosta de ver seu time campeão? Afinal, que tipo de torcedor é esse?

Um clube, para ser grande, precisa conquistar tudo que disputa! Tudo! Seja no futebol profissional seja em competições de bolinha de gude.

Entretanto, qual o real motivo dos clubes brasileiros investirem nas categorias de base? 
É só pelos títulos que poderão ganhar?
Se a resposta for positiva, começamos a entender o porquê do nosso futebol estar tão pobre e tão frágil.

As categorias de base servem para FORMAR os garotos. É nessa fase que se treina exaustivamente fundamentos básicos (passe, cruzamento, cabeçada etc), posicionamento, deslocamento, habilidades individuais, marcação etc.
Não pode um clube querer simplesmente ganhar troféus a qualquer custo. O preço que se pagará no futuro será muito alto.

Penso que vale mais formar vários garotos de excelente qualidade para serem vendidos por um preço alto lá na frente do que ganhar troféus apenas.

Vejam que não estou sendo incoerente com o que disse acima. Acho os títulos importantes sim, mas o que quero dizer é que NÃO dá para querer somente ganhar a qualquer custo SEM DESENVOLVER os garotos.

Para que esta formação dê certo é preciso que o clube defina uma filosofia e uma forma de jogar para o time profissional. Assim, as categorias de base traçarão o perfil adequado dos jogadores que se encaixarem na sua filosofia mantendo o seu futebol profissional em alto nível por muito tempo.

Notem que a BASE é o centro de tudo no futebol. É por ali que se investe no futuro e é por ali que se lucra.
Então, por que é que nossos clubes não investem adequadamente nessas categorias?

Vamos fazer uma conta rápida: Neymar saiu do Santos por cerca de R$ 28 milhões, certo?
Por quanto tempo ele ganhou salário de R$ 50 mil mensais quando era jogador da base? 
2 anos? Então, incluindo 13º, ele ganhou cerca de R$ 1,3 milhão no período. Incluindo alimentação, viagens, hospedagens, custos indiretos na sua formação e despesas gerais, vamos dizer que o clube tenha gasto com ele cerca de R$ 9 milhões de reais (incluindo a parte do clube nos salários quando ele era jogador do profissional).

Olhem só o lucro do clube na transação? Isso sem falar no aumento das cotas de TV, venda de camisas, bonecos e outros apetrechos do clube, aumento de torcedores que pagam as mensalidades em dia (os sócios) etc.
Vale a pena ou não investir na base?

O problema que vejo no Brasil é a falta de gestão nesse setor especificamente. 
O Corinthians, por exemplo, vive ganhando títulos todo ano nas suas categorias de base. Entretanto, quantos jogadores pertencem realmente ao clube e quantos ele revela para o time profissional?

O clube faz justamente o contrário do que disse acima. Ele apanha vários jogadores de vários empresários, dá a camisa e a estrutura e pronto. Ganha títulos, mas quem lucra são os empresários destes jogadores.
Qual a vantagem nisso? Massificar a marca do clube com mais troféus?

Acho que ganhar títulos, como disse acima, é fundamental, seja na base seja no profissional, mas para mudarmos o nosso futebol a mudança tem que ser feita lá embaixo, nas categorias inferiores.
É lá que reside o nosso futuro!

Portanto, ou os clubes começam a investir corretamente na formação e desenvolvimento dos jovens valores ou nosso futebol vai acabar em um futuro não muito distante.
Valorizo cada conquista, mas ela tem que ser obtida da maneira certa para o futuro do clube não a qualquer custo.

Parabéns ao Santos por mais esta conquista! 
Vale ressaltar que esta geração é vencedora já que tem no Currículo o título paulista do ano passado e o da Copa São Paulo e da Copa do Brasil sub-20 deste ano.

Se eles têm tanto defeito de fábrica como dizem e ganham títulos todo ano, o que diremos do resto?

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Cruzeiro: um título Incontestável!!!!

Desculpem-me pela demora em escrever este post.
Sem entrar em maiores detalhes, tive uns problemas pessoais que me atrapalharam um pouco.
De toda forma, não posso deixar de escrever sobre a conquista de mais um Campeonato Brasileiro do Cruzeiro.

Como é agradável vermos um campeão nacional que não teve um questionamento sequer a respeito da qualidade do elenco, do seu futebol, do seu treinador e/ou das suas vitórias, não é mesmo?

Infelizmente, acostumamo-nos a questionar certos critérios adotados pelos juízes que, em geral, privilegiam sempre as mesmas equipes.

Este ano, graças a Deus, não tivemos isso em uma rodada sequer com situações que favorecessem o Cruzeiro. Sério, eu não me lembro de uma vitória cruzeirense em que alguém questionasse ou supusesse algum tipo de favorecimento para a equipe mineira.

Por isso mesmo, digo que trata-se de um título incontestável. Foi uma conquista maiúscula de uma equipe que valorizou a competição nacional do início ao fim.
Houve um planejamento adequado e claro, muita competência da sua equipe técnica.

E olhem que estamos falando de um treinador sem muita badalação, o Marcelo Oliveira, e de um elenco comum e sem estrelas!

A meu ver, o que fez o Cruzeiro campeão com tanta autoridade e facilidade neste ano foi a sua forma de jogar. Poucas equipes no mundo adotam esquemas táticos ofensivos e de velocidade do meio campo e ataque.
A grande maioria joga de forma mais recuada e marcando no seu próprio campo. O Cruzeiro não.

Os celestes imprimem velocidade tanto pelas laterais quanto pelo meio de campo. Todos os jogadores atacam e defendem e todos sabem passar, chutar e marcar.
O futebol ofensivo e solidário está em alta e encanta os admiradores do esporte. Basta ver como jogam Bayern Munique, Borussia Dortmund. Alguém não é fã da forma como essas equipes jogam? Por aqui, que eu me lembre, temos só o Cruzeiro. Não é à toa que ganhou o campeonato com 5 rodadas de antecedência.....
É gostoso ver seus jogos. Eu, mesmo sem torcer para o Cruzeiro, assisti a várias partidas. 
Sou admirador do futebol bem jogado, ousado e atrevido. 
Vale ressaltar que o time mineiro buscou o ataque quando jogou dentro e também quando jogou fora de casa. Enfim, jogou como time grande do início ao final do campeonato. Sinceramente, alguém esperava outro resultado diferente do título cruzeirense?

Parabéns ao Cruzeiro! Campeão Brasileiro de 2013 de forma mais do que merecida!
Que o futebol brasileiro siga esta tendência de atacar e inove seus conceitos porque está ficando muito chato ver os jogos de nossos times. Estamos robotizados e muito burocráticos.

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Eu não disse que era fria mexer com Luxemburgo?

Luxemburgo foi demitido do Fluminense cerca de 3 meses depois de ter sido contratado para melhorar o desempenho do atual Campeão Brasileiro no campeonato nacional.

Há um bom tempo venho falando que não vale a pena investir em seu trabalho. Nem a curto nem a longo prazo.

Suas falas, suas desculpas e seus "pojetos" são bastante repetitivos e manjados. Ninguém mais aguenta essa conversinha fiada.
Isso funcionava quando nosso futebol era amador e o pessoal tinha pouco conhecimento do que acontecia lá fora. Agora, com a globalização mundial e o acesso fácil e rápido às informações, qualquer um vê que seu discurso é de quem não entende nada do assunto. Pura enganação.
Infelizmente, ainda tem gente que cai nessa conversa bonita de trabalho, de gestão de futebol, de "profissionalismo", entre outras coisas mais.

A verdade é que Luxemburgo é um ex-treinador em atividade. Seus conceitos estão bem ultrapassados, seu trato com o grupo também e ele não consegue fazer um bom trabalho desde 2006, no Santos.
E vou além, com exceção desse Santos de 2006, todos os seus "grandes" trabalhos anteriores, e de sucesso, foram com times que eram verdadeiras seleções.
Assim é fácil fazer um grupo vencedor, não é mesmo?
Com dinheiro no bolso, elenco farto, longo e de alto nível, qualquer Zé Mané se sobressai. 

Quando tem que ralar, montar elenco, tirar leite de pedra, treinar e melhorar fundamentos, dar padrão tático, melhorar a parte psicológica e técnica do grupo, o bicho pega. A máscara cai e vemos a enorme quantidade de profissionais, no máximo medianos, que ganham rios de dinheiro com conversa bonita.

Para que nosso futebol volte a ser respeitado como era no passado, precisamos dar um fim a profissionais deste tipo.
Eu cantei a bola antes da sua contratação. Avisei que o Fluminense estava errando. Agora, estão pagando o preço.

Nunca na história do Campeonato Brasileiro o campeão do ano anterior foi rebaixado. Será que o Fluminense conseguirá o feito?
Sinceramente, não sei, mas que está fazendo um esforço grande para conseguir, isso está.