Hoje, o Santos conquistou o bicampeonato da Taça Libertadores de Futebol Feminino.
Trata-se de mais um título internacional para o futebol brasileiro.
O problema é que o Santos mais uma vez sobrou no campeonato. Não teve um adversário sequer capaz de atacar ou assustar a defesa santista. Ganhou todos os jogos de ZERO. Nem chutes a gol com perigo o time levou. Tamanha a sua superioridade (o time é a base da seleção brasileira) os times se fechavam e ficavam com 11 na defesa.
Isto é ruim para o desenvolvimento do esporte na América do Sul. Quando temos apenas 1 time dominando e conquistando tudo, é natural que haja desisteresse de todos os outros torcedores do esporte. O ideal é sempre termos pelo menos 1 confronto chave, clássico, aquele capaz de dar enorme audiência, etc.
Quem não se lembra dos confrontos históricos de Minercal x Unimep no basquete feminino? Naquela época, o basquete feminino se resumia ao confronto destes 2 times. De um lado, Hortência e Marta (Minercal) e do outro Paula e Vânia Hernandez (Unimep). O campeonato todo era um massacre contra os outros adversários, mas no jogo decisivo entre elas, o Brasil parava para assistir. As crianças (meninos e meninas) se espelhavam no jogo de Paula e Hortência.
Desta forma, o esporte se desenvolveu. Várias empresas resolveram investir, montaram times fortes no interior, os técnicos fizeram clínicas, se especializaram. E por aí foi. Em pouco tempo, o Brasil foi Campeão Mundial e vice-campeão olímpico.
Acho que se continuarmos assim, em um futuro não muito distante, o esporte no Brasil se definhará.
Fico orgulhoso de ver um time brasileiro conquistando tudo, mas para evoluirmos, é preciso ter rivalidade, ter concorrência. O que a diretoria do Santos está fazendo a respeito?
E o ministro dos esportes? Lembrem-se que o futebol feminino é um esporte olímpico e já ganhamos 2 medalhas de prata em Olimpíada e 1 vice-campeonato mundial.
O que mais precisaremos ganhar para que o esporte tenha representatividade e investimento nacionais?
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