domingo, 30 de outubro de 2011

Por que não criar pólos especializados em determinados esportes?

Gostaria de fazer uma sugestão ao Ministro dos Esportes e, claro, aos especialistas em esportes no Brasil.

Por que o Brasil não cria PÓLOS especializados em determinados esportes?

Entenda-se por pólos, cidades, estados ou regiões do Brasil que poderiam, devido à sua especialização, concentrar o desenvolvimento de determinados esportes que o país tem deficiência.

Por exemplo, por que não criar um pólo de tênis em Santa Catarina? Por que não criar um pólo de judô, caratê, taekondo no Mato Grosso do Sul?

Por que não criar um pólo de rugby em SP e um pólo de beisebol no Nordeste? E Handebol em Goiás?

E por que não tiro e patinação no Pará? E esportes de inverno no RS?

Vejam que são apenas ideias com o objetivo de desenvolver outros esportes além do futebol por todo o país.

Para ser um pólo esportivo de alguma modalidade, a região contaria com um orientador que seria escolhido dentre os melhores do mundo (por exemplo, um técnico da NBA para o Basquete) e seria construído um centro de treinamento com o que há de melhor em maquinário e infraestrutura.

Vocês devem estar pensando que sou louco e que seriam gastos muitos milhões de dólares para se fazer tudo isso, certo?
Mas vamos pensar com calma sobre os BILHÕES que estão sendo gastos para se construir estádios de futebol apenas. Valem a pena?

Por que não fazermos como a China que IMPORTOU as melhores técnicas de cada esporte com os melhores profissionais disponíveis, criou vários centros de treinamento por todo o país e, hoje, virou uma potência do esporte em geral? Tudo feito com o objetivo de não fazer feio nas suas Olimpíadas....Por que não fazemos algo semelhante?

Como um estímulo aos atletas, o governo poderia arcar com os custos de moradia (nos próprios centros de treinamento), alimentação e uma ajuda de custo financeira de acordo com sua evolução de tempos e marcas atingidas. Vou exemplificar o conceito:

Vamos supor que seja criado um centro de treinamento para o atletismo e que este atleta "bancado" no projeto receberia inicialmente uma ajuda de custo financeira de, por exemplo, R$500,00 mensais. Este atleta tem um ano para atingir uma marca pré-determinada que poderia ser correr os 100 mts rasos até 0,5 segundo acima do recorde sulamericano. Atingida esta marca, ele passaria a receber uma ajuda de custo de R$1000,00 mensais e passaria a ter como meta correr a mesma prova, em até 6 meses, até 0,5 segundo acima do recorde panamericano. Atingida a marca, ele passaria a receber uma ajuda de custo de R$1500,00 mensais e teria que correr, em até 3 meses, até 0,5 segundo acima do recorde olímpico e, por aí vai.

Vejam que o sistema trabalharia com METAS previamente estabelecidas e seria uma ação social com o objetivo de ajudar o desenvolvimento deste esporte.

Isto tudo acompanhado de incentivos do governo junto a clubes e escolas de cada região pólo para incentivar seus associados e alunos a praticarem o esporte (tal qual é feito nos EUA).
 
Não considero este projeto utópico e dá sim para ser realizado, haja vista, tantos gastos desnecessários que vemos por aí neste país. Só será preciso boa vontade, seriedade e planejamento.

Vale ressaltar que os valores, esportes e locais escolhidos foram meros exemplos e, claro, podem e devem ser melhor estudados e avaliados. Mas repito, dá para ser idealizado sim.

O problema é saber se ainda temos tempo hábil para fazer isso com vistas às Olimpíadas do RJ......

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