quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Desconfie!!!

Desconfie de um campeonato quando os destaques são veteranos em fim de carreira que saíram dos grandes centros menosprezados. É o caso de Juninho Pernambucano, Seedorf, Zé Roberto, Deco etc.

Desconfie de um campeonato que é o único no mundo que não para mesmo quando a seleção do seu país está jogando ou participando de alguma competição.

Desconfie de um campeonato que há erros constantes e exagerados de árbitros e, curiosamente, beneficiam, de uma maneira geral, sempre os mesmos times do eixo RJ-SP.

Desconfie de um campeonato que dá margem para contestações e de suposições de esquemas quando, se não houvesse tantos erros a favor de alguns clubes, um dos clubes de massa do país, o Flamengo, estaria entre os rebaixados e o campeão, Fluminense, não seria nem vice-campeão.

Desconfie de um campeonato que deixa ser influenciado no calendário, no horário das partidas e até na participação dos melhores jogadores por um canal de televisão aberto que só defende seus próprios interesses e lucros. Claro que essa influência é demasiadamente pesada, caso contrário, não geraria tantas reclamações.

Desconfie de um campeonato em que há enorme influência política nos seus dirigentes que usam os clubes de massa apenas para servir de palanque para aumentar seus votos e dos seus "companheiros".

Depois de tudo isso, você ainda acredita que somos o país do futebol e que nosso campeonato nacional é de alto nível e transparente?

terça-feira, 4 de dezembro de 2012

Bando de Loucos ou bando de vândalos?

É impressionante como a imprensa, em geral, puxa o saco da torcida do Corinthians com o intuito de manter (ou até aumentar) sua audiência.

Chamar a tal "invasão" corintiana no aeroporto,ontem, de Mar Negro, Tsunami etc é beirar o ridículo.

Ano passado, a torcida santista fez uma invasão da mesma forma e não houve a repercussão da mídia como está havendo este ano.
E a do Santos foi melhor, pois, pelo menos, não houve quebra-quebra, depredação, vandalismo. Houve gritos, apitos, cantos e outras coisas mais, assim como aconteceu ontem, mas o que a torcida corintiana fez, é inadmissível.

Existem torcedores que confundem paixão pelo clube e idolatria com violência, com imbecilidade.

O que é pior é ver a babação de ovo de alguns jornalistas se mostrando impressionados com o ocorrido. 
Puro marketing, pura idiotice.

Na verdade, fiquei decepcionado com o que vi e esta é a prova que o Brasil ainda não está preparado para grandes eventos. 

Infelizmente, não temos a educação e cultura necessários para o bom convívio.
Querem um exemplo de civilidade e inteligência?
Bayern Munique x Borussia Dortmund fizeram o clássico do campeonato alemão no último final de semana e sabem o que aconteceu por lá?

As 2 torcidas frequentaram o estádio juntas! Lado a lado, dividiram inclusive o banheiro. Era torcedor de camisa amarela (do Borussia) na fila, do lado ou atrás, de torcedor de camisa vermelha (do Bayern). Não houve violência, brigas, confusão nem muito menos quebra-quebra ou roubos. Simplesmente, cada um torceu e conviveu de maneira pacífica com o outro.

O corintiano se orgulha do seu fanatismo, da sua idolatria, ele se orgulha de dizer que "vive de Corinthians". Tudo bem, que viva, mas precisa fazer essa baderna toda vez que se reúne em um grupo numeroso?

Até quando os policiais vão ser coniventes com tais atos?

Até quando a imprensa (parte dela, claro) vai tolerar e até elogiar isso?

Os torcedores que foram, ontem, ao aeroporto, deram um show. Show de vandalismo e de falta de cérebro.

Fiquei enojado com o que vi. É uma pena que tudo isso tenha acontecido já que, pelo grande número de torcedores, podia-se dar um show de cantos e de festas. 
Infelizmente, tem gente que prefere a violência.
Vai entender.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Será que o Jorge Henrique é um bom exemplo para o filho do Tite?

Quando o Tite criticou o Neymar por se jogar demais e simular faltas, achei-o muito duro nas palavras e muito "babaca" ao dizer que o Neymar não era um bom exemplo para seu filho.

OK, respeito a opinião de cada um e seus motivos, mas será que ele acha que o Jorge Henrique é um bom exemplo para ser seguido?

O Jorge Henrique não simula faltas? Não se joga o tempo todo cavando pênaltis?

E com relação a expulsões? A de hoje, contra o São Paulo, foi a primeira da carreira, certo?
Ele nunca entra em confusões, discute com adversários, agride-os pelas costas......

É, criticar os outros é fácil, quero ver arrumar a própria casa.

Nosso futebol está dominado por pessoas HIPÓCRITAS. Pessoas que usam a mídia para aparecer.
Falam bonito, usam até Deus e religião para justificar suas falas, mas agem no sentido contrário.

O que dizer, por exemplo, do jogador que mais conquistou títulos com a camisa corintiana, o Marcelinho Carioca? 
Será que ele é um exemplo para o filho do Tite? Já que vivia dizendo sobre Deus, sobre ser iluminado e tal, mas no fundo, vivia na malandragem com a mulherada, fugia de concentração e agia como moleque nos jogos. São atitudes de Deus?

O Tite, depois do que aconteceu hoje, deveria ir a público e se desculpar pelo que disse do Neymar. Foi irresponsável demais deturpar a imagem do garoto sendo que sob seu comando há um jogador que simula faltas adoidado e que vive tentando acertar os adversários pelas costas. O mundo dá voltas, meu caro.

Talvez, o preço seja cobrado no Mundial de Clubes......

Futebol da Base: O grande PROBLEMA do futebol brasileiro

O título deste post NÃO está errado, como pode a categoria de um esporte de um país que revela vários jogadores que ficam famosos rapidamente ser um PROBLEMA?

Pois é, o nosso futebol de base revela jogadores por SORTE e não por competência.

Nossos clubes, com raríssimas exceções, não fazem um trabalho voltado ao desenvolvimento dos jovens, à sua formação, à correção dos seus "defeitos", a aprender a jogar coletivamente e não fazem o trabalho básico de fundamentos do futebol. 

Simplesmente, montam os times, botam a molecada para jogar e ficam gritando à beira do campo os famosos "pega", "corre", "marca".

Para ilustrar e facilitar o entendimento de vocês, vamos comparar o futebol de base do Brasil com 2 rivais importantes e de peso no esporte, Argentina e Espanha.

No Brasil, atualmente, somos cerca de 200 milhões de habitantes, certo? 
Quantos são praticantes do futebol de campo? 
Cerca de uns 20 milhões?
Espanha e Argentina, têm cada um, cerca de 15 a 20 milhões.
Quantos são praticantes do futebol de campo?
Uns 2 milhões? Talvez nem isso.

Quantos jogadores de alto nível, craques mesmo, nós (Brasil) revelamos nos últimos anos? Vamos falar que Diego, Robinho, Kaká, William (que está no Shaktar Donetsk), Neymar e Lucas, pode ser? 6, portanto, e com muito boa vontade já que os 3 primeiros citados, a meu ver, nunca foram tão craques assim lá fora e os 2 últimos só jogaram em clubes brasileiros.
Quantos a Espanha e a Argentina revelaram? Mais ou menos isso (cada um), certo?
Façam, agora, a relação revelações/praticantes e verão que número ridiculamente menor é o do Brasil.

Para confirmar tudo que estou falando, basta assistir aos campeonatos das categorias de base que são transmitidos na ESPN e SPORTV (Copa do Brasil sub-20) e na Rede TV (Campeonato Paulista sub-20).

Nesses campeonatos, NÃO se vê praticamente nada de novo. As equipes são um apanhado dentro de campo, em sua grande maioria, não têm conjunto, não têm esquema tático definido, são lentas e falta qualidade de passe, finalização, cruzamentos, cobranças de falta ensaiadas. Falta tudo.
Você vê uns 2 ou 3 times que trabalham com isso.

Ontem, por exemplo, na final do Campeonato Paulista sub-20, o São Paulo atuou de maneira ridícula. Nem parecia o clube que se orgulha de ter um centro de treinamento, para a base, de 1º mundo. 
Enquanto isso, o Santos, que também tem um CT de alto nível para as categorias inferiores, apresentou futebol moderno, tático, eficiente.
Por que essa diferença tão gritante?

Porque a grande maioria dos clubes brasileiros trata o futebol de base como REFUGO ou até como PUNIÇÃO aos profissionais que não se dão bem nos times principais. 
Digo, Sérgio Baresi dirigiu, interinamente, o time profissional do São Paulo por um tempo no passado recente e não foi nada bem.
Resultado, em vez do clube focar em desenvolver o profissional, reciclá-lo, fazê-lo estudar mais sobre táticas e sobre como ter mais liderança sobre o grupo, o clube simplesmente o relegou à base. Largou-o esquecido e parado no tempo. 
Mandou um profissional com conceitos fracos e ultrapassados de futebol para trabalhar na formação dos seus atletas??? Está certo isso?
Não seria melhor mandar um profissional experiente?

Isso, infelizmente, não é um problema só do tricolor paulista. É sim um problema nacional!

Vamos comparar de novo?
O Barcelona pegou um ex-jogador com história no clube, Pep Guardiola, desenvolveu-o e deu todo o suporte para que ele trabalhasse nas categorias inferiores do clube. Ele, para quem não sabe, antes de se consagrar no super time que montou no profissional, era treinador do Barcelona B e disputava a 3ª divisão do campeonato espanhol. 
Quando Frank Rikjaard foi demitido pelo clube, o presidente do Barcelona NÃO hesitou em nenhum momento e nem se deu ao trabalho de procurar outro treinador no mercado já que estava formando um profissional IDENTIFICADO com a história do clube. Guardiola conhecia a filosofia do clube, entendia de esquemas táticas, de conjunto e sabia como conquistar as estrelas da equipe. Pronto, deu no que deu. Por que nossos clubes não podem fazer algo parecido?

Esse é um dos motivos de nossos clubes terem tanta dificuldade em revelar mais jogadores de ponta. É muito empresário que só pensa em ganhar dinheiro rapidamente envolvido no meio, é muita gente fraca trabalhando no desenvolvimento dos nossos jogadores, é muita falta de conceito de futebol moderno e há muito pouca interação entre os times de base e os times profissionais dos clubes.

Dizer que esse ou aquele clube usa vários jogadores da base nos seus times principais NÃO é dizer que ele investe na base.

Investir na base significa trabalhar os jovens, treinar e corrigir suas deficiências, é ensiná-los a serem profissionais, a saberem lidar com a pressão, ensiná-los os fundamentos básicos do esporte (passe, chute, cruzamento, marcação, posicionamento etc), é dar-lhes uma meta a ser cumprida, é montar planos de carreira para todos os jogadores, não só salariais, mas também de crescimento com perspectivas de se profissionalizarem no longo prazo.

Vejam, estou cobrando PROFISSIONALISMO dos clubes brasileiros. Nosso futebol de base é tratado com ENORME amadorismo há anos!

Revelamos vários craques, gênios da bola, mais pela enorme quantidade de praticantes do esporte do que por capacidade técnica dos clubes. Isso é inadmissível ainda mais quando se envolve os valores que são gastos com mídias, publicidades e prêmios aos praticantes do futebol.

Nosso futebol perde espaço para outros países há anos e o que estamos fazendo para recuperar o mercado? Nada, não é mesmo?

Ficamos esperando que surja algum Robinho, algum Neymar de tempos em tempos para alimentar a babaquice do ditado inventado pela Rede Globo (que somos o país do futebol).
Quando nossos dirigentes vão resolver mudar?
Quando vão focar em ter uma gestão mais profissional na base?
Quando vão querer ganhar dinheiro por conta própria ao invés de ficar de joelhos implorando pelos empréstimos/adiantamentos da Rede Globo?

Já passou da hora de acabarmos com esse amadorismo que ronda o esporte mais tradicional do país e, se não fizermos nada rapidamente, vamos perder cada vez mais espaço, cada vez mais mercado e nossos clubes vão ficar cada vez mais endividados.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Santos bate São Paulo, mantém a freguesia e é Campeão do Paulista sub-20

O Santos venceu hoje, no Pacaembú, o São Paulo na grande decisão do Campeonato Paulista sub-20.

O time da Vila Belmiro venceu novamente o tricolor paulista por 1 x 0 e se sagrou campeão da categoria.

Há um certo tempo que o time da capital não vence decisões em mata-mata contra o Santos, seja na equipe principal seja na base. No geral, sempre que se cruzam, dá Santos.

A partida foi até que relativamente fácil para o peixe que esteve melhor escalado, melhor distribuído em campo, melhor treinado e muito mais entrosado no ataque e na defesa.

Se o placar tivesse sido 3 ou 4 x 0 seria normal já que o alvinegro perdeu pelo menos 3 gols em jogadas claras de gol com seus atacantes ficando frente a frente com o goleiro.

Fiquei bastante decepcionado com o treinador saopaulino Sérgio Baresi. Esperava muito mais de um técnico que já até treinou o time principal do clube. O São Paulo não apresentou absolutamente nada de novo na partida de hoje.
Faltou conceito, faltou inspiração e faltou mais liderança à beira do campo. O tricolor aceitou passivamente a marcação santista e não conseguia criar grandes oportunidades. Chance mesmo só nos chutes de longa distância, muito pouco para quem precisava vencer para ser campeão.

Por mais que o 2º semestre da equipe principal do Santos tenha sido decepcionante, a base santista vai dando orgulho à sua torcida. Ganhou mais um título e jogando bola. 
Trata-se de um time ofensivo que marca no campo do adversário e é compacto em todos os setores. Todos voltam para ajudar na marcação e todos sobem ao ataque. 
O trabalho do treinador santista, Claudinei Oliveira, é muito bom e muito consistente e voltado para o tal DNA santista que é o futebol ofensivo. 
Só não entendo porque o time da base tem uma característica e o time principal tem outra.
Será que é por isso que o Muricy vive reclamando que os jogadores da base têm defeito de fábrica?
Será que são os jogadores que têm defeito ou é o treinador que não consegue desenvolver um trabalho diferente com o que tem em mãos?

De toda forma, Parabéns ao Santos por mais este título no ano do seu centenário! 
A molecada merece!!

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

São Paulo deve ser o Campeão da Copa Sulamericana

Ontem, o Tigre (Arg), conseguiu se classificar para a final da Copa Sulamericana 2012.

Assisti aos 2 jogos semifinais envolvendo o time argentino e o Millonarios (Col) e confesso que não vi nada de mais na equipe.

Eles mantêm o mesmo esquema utilizado pelos clubes argentinos há anos. 2 linhas de 4 na frente da área, 1 meia mais rápido e 1 atacante de velocidade e finalizador. Ah, jogam de contra-ataque.

Jogando desta forma, os argentinos fizeram a festa nas décadas de 80 e 90 frente aos brasileiros.

O problema é que o Tigre não tem nenhum jogador diferenciado, nenhum craque, nenhuma estrela. Joga certinho, marca firme, joga fechado e tenta achar um gol. Só isso.

O São Paulo tem jogado melhor, tem sido mais ofensivo e parece que acertou o esquema de jogo. Perde gols demais, é verdade, mas é ataque e pressão o tempo todo.

Sinceramente, jogando a 2ª partida em casa, vindo de uma boa campanha com bons jogos e domínio frente aos adversários, vai ser complicado perder este título.

Não dá para imaginar perder um jogo para um clube que não tem a menor expressão internacional e que figura entre os últimos colocados do campeonato argentino. Tenha dó.

Não é cantar vitória antes da hora, mas se perder esta copa sulamericana, pode mandar todo mundo embora e fechar o clube.
Vai ser amarelão assim lá longe!

quinta-feira, 29 de novembro de 2012

É muito blablabla e pouca atitude na CBF

A instituição virou entidade política. 
Na CBF, fala-se mais do que efetivamente se trabalha.
É muito blablabla e muito "disse que disse" para pouco resultado efetivo.

Hoje, vale mais a pena falar bonito que encontrar soluções.

Os elogios a um tal treinador estrangeiro (diz-se que foi ao Guardiola), mas que este tal treinador não tem experiência com seleções, parece mais uma desculpa esfarrapada do porquê de não contratá-lo e porque contratou-se Felipão e Parreira e demonstra bem o que virou a CBF.

Elogia-se demais uns e outros e pouco se avança com relação ao futebol apresentado pela seleção brasileira.

Não sou contra os 2 nomes, mas gostaria de ver uma mudança radical no futebol brasileiro. Mudança de conceitos, de inovações táticas.

Na verdade, a entidade máxima do nosso futebol mostrou que não está nem aí para o que acontece dentro das 4 linhas e não está nem um pouco preocupada com o futuro dos nossos clubes.

Só querem dinheiro, claro que em seus bolsos. Dane-se se tal clube deve um punhado de milhões ao INSS e dane-se que a seleção apresente um futebol de time pequeno, recheado de volantes e sem conjunto.

Essa escolha, para mim, é um retrocesso no nosso futebol. Não pela escolha dos nomes, repito, mas pelas características táticas e técnicas que eles têm. Quando Parreira apresentou algum futebol ofensivo e dinâmico nos clubes que dirigiu? E Felipão?

Pelo menos, a princípio, as convocações de "esquemas" vão ter parado (ou diminuído consideravelmente). Vamos aguardar para ver.

Agora, quem queria ver a seleção brasileira com um futebol vistoso, alegre e ofensivo, é melhor assistir aos jogos e torcer pela Alemanha, Espanha e Holanda porque do Brasil vai ser correria, chutão e cruzamento na área. Pouco, não é mesmo?