quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

O futebol brasileiro está fraco mesmo. Não se iludam!

A derrota do Atlético/MG para o Raja Casablanca não foi surpreendente. Achei-a bastante natural, para falar a verdade.

Nosso futebol está deprimente. Há anos vemos um excesso de toques laterais, jogos lentos e valorização de jogadores comuns que não têm nada de mais.

O Atlético não perdeu porque esnobou ou porque menosprezou. Perdeu porque foi inferior.
Não foi o Atlético que não atacou, foi o Raja que adiantou a marcação e pressionou o time brasileiro.

Nosso futebol anda preguiçoso. Quantos jogos assistimos que deram sono neste último brasileirão?
A grande maioria, não foi? Inclusive, enaltecemos o título do Cruzeiro, certo? Por que?
Simplesmente, porque foi o único time que jogou de forma agressiva e ofensiva. Saiu da mesmice enquanto os demais ficaram naquele toque de lado e bola parada.

O Atlético encantou no 1º semestre deste ano por conta dessa agressividade e da subida simultânea dos 2 laterais; na verdade, eles atuavam mais como pontas que como laterais. 
As opções ofensivas eram variadas e a equipe jogou um futebol moderno e de alto nível.

Infelizmente, isso só se deu na 1º fase da Libertadores. Os sintomas de que este time atleticano tinha problemas veio na fase final da competição onde, por diversas vezes, ganhou dos seus adversários na bola parada, seja em cobranças de falta, seja nas penalidades.

E vou além, quantas partidas o Atlético/MG venceu FORA de casa neste Brasileirão? Uma, duas?

Então, como alguém pode dizer que o Galo era favorito no confronto se não consegue vencer ninguém fora de casa?
Mesmo na fase final da Libertadores, como foram os jogos? Vitórias fora de casa ou um sufoco danado?

Esta vitória do Raja mostrou o quanto é DESNECESSÁRIO gastar rios de dinheiro com jogadores medalhões.
Já falei por diversas vezes aqui que o que importa, hoje, é bom preparo físico, disposição em campo e estratégia. Jogador qye JÁ foi bom não decide mais como no passado.

O time marroquino jogou por vários momentos do jogo no 3-4-3 com 2 atacantes voltando para compor a defesa e TODOS os jogadores sabendo sair com a bola dominada tanto driblando quanto tocando para o companheiro.

A vitória foi maiúscula e incontestável. Não gostei do time brasileiro em nenhum momento do jogo. E vale ressaltar que o Atlético perdeu para um time que está em 8º lugar no campeonato marroquino!

E aí, ainda somos o país do futebol?

Ainda vale gastar milhões para REPATRIAR medalhões que não correm, não suam, não se dedicam e pouco acrescentam em campo?

E nossos treinadores, são bons para ganhar o salário que pedem e ganham?

A realidade é dura, mas, por muitas vezes, benéfica.
Que tal repensarmos a forma que vemos e analisamos futebol?

7 comentários:

  1. Excelente seu blog, meus parabens, otima visao sobre o futebol brasileiro e seus treinadores que sao os principais responsaveis por esse declinio tao acentuado que vivemos atualmente, li varias postagens e confesso que me empolguei com seu ponto de vista, eh praticamente tudo que eu penso, claro que com pequenas divergencias como por exemplo percebi que talvez por preferencia pessoal voce gosta do tecnico Tite que considero um dos maiores responsaveis por esse defensivismo exacerbado que impera hoje, alem do mais ele reflete tudo que voce disse a respeito de palavras bonitas utilizadas para iludir o torcedor, ora futebol eh um esporte popular e os treinadores deveriam dar suas desculpas esfarrapadas, no minimo utilizando uma linguagem popular para que o principal interessado no caso o torcedor, pelo menos entenda o porque do seu time nao produzir um bom futebol

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  2. Oi Hermes,

    Não tenho preferência pelo Tite. Só acho que ele fez um trabalho muito bom com um elenco bastante limitado nas mãos.
    Também acho que muito desse defensivismo que assola nosso futebol parte das suas ideias, mas era o que ele poderia fazer com um elenco tão velho e frágil nas mãos.
    Acho que o seu grande mérito foi conseguir fazer um time marcar pressão no ataque e usar bem a versatilidade de alguns jogadores.

    Agradeço pelas palavras e espero vê-lo com frequência por aqui.

    Abraço!

    Blog do Helio

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    1. Na verdade o trabalho dele foi realmente muito bom em termos de resultados,entretanto, o que ele acrescentou em inovaçao tatica, durante tres anos em um clube que ganhou todos oa titulos possiveis quantas goleadas maiusculas sua equipe aplicou, o placar minimo assim como o empate sao suas marcas registradas, nao me recordo do Corinthians ter feito uma partida empolgante nesses tres anos, foi sempre mais do mesmo, como voce disse Portuguesa, Santos,Cruzeiro , Flamengo e o propio Botafogo nao possuem um bom elenco tambem, porem, esse ano essas equipes fizeram uma ou outra partida de alto nivel, com muita movimentaçao, toques rapidos, triangulaçoes e velocidade, ja a equipe liderada por Tite nesses tres anos teve suas melhores vitorias sempre tendo como ponto forte a marcaçao incessante, que se voce reparar direito vai entender que em 2013 o Corinthians sofreu menos gols que em 2012 e em 2012 menos que em 2011, o que me leva a crer que esse treinador se preocupa muito mais em destruir que em construir, ora destruir eh muito facil qualquer ser humano com pouquissimos neuronios pode faze-lo com maestria, todavia para construir requer inteligencia, visao, coragem, sabedoria, talento e principalmente criatividade, acompanho os trabalhos desse treinador desde os seus tempos de Gremio e nunca constatei nele nenhuma das caracteristicas mencionadas acima, abraços e parabens novamente

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  3. Concordo que a preocupação dele com o sistema defensivo é superior à vontade de criar e atacar.
    Penso da mesma forma, mas o Corinthians fez algumas boas partidas neste ano, especialmente, no 1º semestre.
    Para exemplificar, temos o 1º jogo da final do Paulistão contra o Santos onde, o 1º tempo, foi uma aula de futebol. A vitória só não foi mais elástica por falha de finalização e a trave santista.
    Mas compreendo quando você diz que foram poucas vitórias elásticas. Essas vitórias magras e mesquinhas dão raiva mesmo.
    Fazer o gol e se preocupar somente em defender é pensar pequeno.
    Entretanto, são pouquíssimos os treinadores no mundo que têm essa ambição pela vitória, pelas conquistas e pelo futebol bonito e ofensivo. Então, não adianta criticar apenas o Tite, temos que criticar os treinadores brasileiros em geral.
    E sabe o que é pior? É quando aparece algum novo com conceito diferente e a mídia o detona dizendo que não tem experiência nem moral para liderar um grande time.
    Exemplos? Dado Cavalcanti, Enderson Moreira e Guto Ferreira.
    Quero ver como se saem em 2014. Torço muito pelo sucesso deles. Talvez, a salvação do futebol brasileiro esteja por aí.

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    1. Sou de Goiania, torcedor do Goias e nao coloco Enderson Moreira neste rol que vc citou, vou ao Serra Dourada e sinto mais prazer tomando meu chopp que vendo a equipe do Goias jogando futebol, e te digo mais, esse time do Enderson quase me fez parar de ir ao Estadio, eh so marcaçao e bola dividida, muita sorte dele ter o Walter no elenco senao tenho ate medo de pensar o que seria de nos. Contudo estou muito empolgado com a chegada do Claudinei se vc visse o que o Santos fez conosco aqui na ultima rodada iria entender minha empolgaçao,alias o Santos com ele fez algumas boas partidas e naquele jogo que vc mencionou acredito mais no demerito do professor Muricy que na agressividade do Tite, e digo mais se Claudinei tivesse Neymar no elenco talvez o campeao brasileiro fosse outro

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    2. Tb achei bom o trabalho do Claudinei Oliveira. Na verdade, o problema dele foi no início quando ele teve medo de perder o grupo e atuou com alguns veteranos que não tinham mais condições físicas e técnicas para serem titulares.
      Outro ponto que prejudicou o time foi o medo de vencer. Alguns jogos do Santos na Vila Belmiro foram irritantes tamanha a retranca.
      Discordo um pouco do trabalho do Enderson com o Goiás.
      Em casa, o alviverde fez ótimas partidas com marcação adiantada e pressão no campo do adversário.
      Atuou como time grande mesmo tendo um elenco recheado de refugos e jogadores abaixo do nível médio.
      De toda forma, o Claudinei tem muito potencial para crescer. Ele conseguiu fazer, em pouco tempo e SEM Neymar, o que o Muricy não fez em 2 anos, ou seja, teve capacidade técnica e tática com um salário infinitamente menor.
      Repito, o que pesou contra ele foi o início, mas, sinceramente, eu não o teria demitido para contratar Oswaldo Oliveira. Porém, isso é história para outro post!

      Abraço!!!

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  4. vamos parar de elaborar desculpas para justificar nosso fraco futebol, fomos inferiores ao oitavo colocado da liga marroquina e fizemos um jogo de igual pra igual contra uma equipe chinesa, a verdade eh que os treinadores europeus priorizam a qualidade tecnica enquanto os tecnicos brasileiros optao pelo vigor fisico, sera que ninguem percebeu ainda que nenhuma equipe brasileira toca a bola com qualidade, paga-se salarios astronomicos para treinadores sacarem o jogador tecnico e colocarem o brutamontes que mal consegue realizar passes curtos com sucesso, porque nao se tenta fazer com que o jogador tecnico realize a marcaçao, se ele se cansar troque-o por outro jogador tecnico, estao fazendo isso na europa, se voce parar pra assistir os jogos infantis vai notar que a materia prima ainda esta aqui, porem, desde a base nossos treinadores estao valorizando demais a força em detrimento do talento, quer um exemplo bem claro; o jogador de futsal Falcao nao conseguiu espaço no time comandado pelo professor Leao, alias, nao foi lhe dado sequer uma pequena sequencia de jogos e nao vi a imprensa esportiva e nem a diretoria do clube se posicionar contra a atitude do treinador afinal o time estava ganhando de 1 x 0 ne.

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