Não é a hora para euforia. Claro que um título sempre é bom, mas a excelente partida realizada pelo Brasil, ontem, foi excepcional.
Há falhas a serem corrigidas e há muito trabalho a ser feito.
Por exemplo, o meio campo brasileiro ainda carece de mais criatividade já que Oscar não jogou nem metade do se esperava dele e ele não é o articulador apropriado à equipe.
Uma solução tem que ser buscada seja com outro jogador seja com outro esquema tático. Não dá para depender de alguém que some do jogo quando mais se precisa dele.
A defesa ainda é instável. Os laterais são ótimos no ataque, mas fracos na defesa e na marcação. A cobertura dos 2 lados precisa ser melhor executada.
O ataque foi bem na parte final da competição, mas fica aqui minhas reticências com o Fred. Insisto em afirmar que ele não é o centroavante que queremos na Copa do Mundo. Fez gols importantes e decisivos, é verdade, mas é um jogador de fase, lento e de pouca mobilidade em campo. A marcação na frente fica bastante debilitada com ele em campo. Ele pode compor o grupo e jogar algumas partidas, mas não ser titular absoluto do time.
Além desses problemas, temos a forma de jogar. Ontem, como disse, foi uma exceção.
O futebol que o Brasil vinha apresentando nos amistosos e nos primeiros jogos da Copa das Confederações era bem lento, com toque muito atrás e de pouca agressividade.
Marcava pressão, mas só no início de cada tempo e não conseguia manter a intensidade e a força por muito tempo.
Vejam que estou relatando as falhas que visualizei no time mesmo sendo campeão do torneio com 100% de aproveitamento. Mas acredito que é assim que devemos pensar. Temos que querer melhorar sempre e buscar a perfeição.
Não diminuo a conquista nem desmereço o trabalho feito. Só acho que há pontos importantes a serem trabalhados e que a Copa das Confederações é um título de menor expressão e importância. Nada que justifique um oba-oba na torcida e na imprensa.
Nosso futebol não evoluiu nem nossa forma de jogar. Estamos abaixo de várias seleções, inclusive da Espanha.
Lembrem-se que nem sempre o melhor vence no futebol, ainda mais em competições mata-mata ou, se preferirem, em apenas uma partida decisiva.
Temos 1 ano para ajustar os defeitos. Agora, é com a comissão técnica. Será que vai conseguir ou seus integrantes vão ficar sentados comemorando a "grande" façanha da Copa das Confederações?
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