O resultado não foi bom tal qual o futebol apresentado pelo Atlético/MG no 2º tempo.
O bom futebol e a consistência tática do 1º tempo não foram suficientes para a equipe conseguir sair com um resultado melhor.
O Atlético/MG perdeu para o Newell´s Old Boys, por 2 x 0, e agora terá que, no mínimo, devolver o placar (2 x 0 leva a decisão para as penalidades máximas) para não ser eliminado da Libertadores 2013.
Tudo bem que todos sabem da fragilidade defensiva do Atlético/MG, ainda mais com desfalques importantes na defesa, mas não dá para não ficar preocupado com a superioridade do time argentino no 2º tempo.
O Galo foi completamente envolvido, pouco produziu ou criou e por pouco não levou mais gols.
Maxi Rodriguez deitou e rolou por toda a partida e fez o que quis toda vez que chegou perto da área brasileira. Como pode a equipe deixá-lo jogar tão solto por tanto tempo?
E vou além, o Atlético deu sorte de o Scocco não estar bem, senão, a coisa teria sido bem pior.
Achei que faltou perna e mais pegada na 2ª etapa para o time brasileiro. Não sei, a impressão que tive foi que o Atlético estava sem ritmo de decisão na partida.
Cuca armou o Atlético para jogar no contra-ataque desde o início do jogo. Tudo bem, cada um tem sua estratégia, e respeito a adotada por ele, mas ele deveria ter mexido mais cedo na equipe já que a marcação caiu demais de rendimento no 2º tempo.
Foi o Atlético quem criou as melhores chances da 1ª etapa. A equipe estava bem postada com seus laterais mais presos na defesa, sem dar espaços aos atacantes adversários e os volantes ficavam à frente da zaga dando importante proteção. As saídas em velocidade eram feitas, em sua grande maioria, por Bernard. Só que isso, não refletiu em gol, ou seja, foi uma superioridade estéril.
Agora, temos que parabenizar a postura do treinador Gerardo Martino. Ele mudou a forma da equipe argentina jogar no 2º tempo, marcando pressão na saída de bola brasileira, adiantando todos os seus jogadores e indo para o abafa.
Os brasileiros praticamente não chutaram a gol a partir dos 10 minutos do 2º tempo. Virou jogo de ataque contra defesa.
E olhem que estamos falando de uma equipe que é considerada por muitos como a melhor do Brasil!
Claro que dá para o Atlético buscar o resultado. O time segue invicto no Independência e lá joga de maneira muito rápida, agressiva e ofensiva, mas o problema que vejo é TER que fazer o resultado.
Você pode até ganhar um jogo por 3, 4 ou 5 gols de diferença, normal. Agora, quantas vezes uma equipe conseguiu REVERTER uma desvantagem de 0 x 2 tendo a OBRIGAÇÃO de fazer o resultado?
E para piorar, se o Newell´s fizer 1 gol, o Atlético terá que fazer 4 (3 de diferença obrigatoriamente). Ou seja, o Galo mineiro terá que fazer uma partida perfeita e sem erros coisa que não tem conseguido fazer há um certo tempo, será que consegue?
Se analisarmos a última partida decisiva da equipe pela competição, é para se assustar mais ainda. O Tijuana só não se classificou por que perdeu um pênalti no último lance do jogo além de ter perdido um sem número de gols cara a cara.
Infelizmente, Cuca carrega o estigma de cometer erros nas partidas decisivas. Tomara que eu esteja errado, mas não acredito que ele tenha estrutura técnica e psicológica para levar o clube mineiro à conquista da Libertadores 2013. Pode até parecer que pego no seu pé, mas é que ele não ajuda a mudar minha opinião. Ontem, mais uma vez, achei-o fraco. Ele treinou uma forma de jogar e não soube como sair da mudança tática do adversário.
Acho que o Atlético vem caindo de produção e não é de agora. Um time dificilmente consegue ser campeão de uma competição de alto nível jogando sem ganhar (ou sem jogar bem) fora de casa. Fazer isso SÓ em casa não basta!
Será que o time brasileiro consegue reverter a vantagem argentina e ir à final?
Eu estou bastante pessimista quanto a isso. Sinceramente, acho que não.
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