A queda de público do Brasileirão

Muitos jornalistas esportivos estão se perguntando o porquê da queda de público do Campeonato Brasileiro.

Há muitas teorias, principalmente envolvendo os clubes cariocas que, pelo que vimos nos clássicos regionais, levou público muito pequeno a seus jogos. A única exceção foi o Flamengo x Fluminense que teve pouco mais de 38.000 pessoas. Os outros tiveram públicos na casa entre 15.000 e 19.000 pessoas.
Alguns falam que é por culpa do Engenhão, que ele é mal localizado e de difícil acesso e transporte.

Eu não acredito nem nessa teoria nem da que o preço dos ingressos está alto (como foi falado para o baixo público em outras partidas de outros estados).

Para mim, o problema da queda se dá pela baixíssima qualidade do futebol jogado pelos nossos times que não inovam em nada taticamente.

Os clubes brasileiros gastam rios de dinheiro em péssimas contratações vindas do exterior e acham que basta contratar jogadores de renome para que o público vá prestigiar a equipe. Isso é uma Mentira! Basta ver o quanto a contratação de Seedorf agregou de público ao Botafogo que tem feito partidas em casa com público na casa dos 3.000 a 4.000 pessoas apenas.
Os times brasileiros, na verdade, repatriam jogadores que estão em fim de carreira ou são refugos (estão encostados) nos times do exterior, ou seja, jogadores que não agregam em nada ao grupo e ao espetáculo.

Outro fator que a meu ver tem contribuído para a queda de público é o exagero de faltas marcadas nos jogos. Sério, quem quer pagar ingresso para ver um jogo que tem 45, 50 ou até 60 faltas nos 90 minutos. Se transformarmos em faltas por minuto, teremos uma média de, por exemplo, 1 falta a cada 2 minutos (ou menos). E o pior é que muitas vezes não houve absolutamente nada no lance.

Aqui no Brasil se marca falta por qualquer encostão. Não pode tocar no jogador adversário que o juiz marca falta. Desta forma, a partida fica truncada, feia e chata porque não há um pingo de emoção e de velocidade.

Para piorar a situação, quando assistimos na TV aberta, os ex-árbitros (que se acham os donos da verdade) ficam falando um monte de besteira e ratificando que os lances foram faltosos ou criticando aqueles que deixam o jogo correr.

Se compararmos as partidas disputadas aqui com algumas do campeonato inglês, por exemplo, veremos que houve uma média de 20, 25 faltas apenas, ou seja, o jogo fica mais corrido, mais disputado, mais gostoso de se assistir.

A atitude dos árbitros brasileiros além de ser péssima para o espetáculo favorece as simulações já que os jogadores vão forçar as faltas, vão forçar o contato, o toque, mesmo que mínimo. As tais "cavadas" são constantes nas partidas e irrita o espectador.

E tem mais, quantos erros ABSURDOS temos visto? Já notaram a quantidade de pênaltis, expulsões e gols em impedimento temos visto aqui no Brasil?
É cada lance maluco e erro grotesco que não dá para acreditar que alguém em sã consciência vá querer pagar ingresso para ver ao vivo.

Fale a verdade, você se sujeitaria a ir ao estádio para ver algo tão bizarro como o futebol brasileiro atual?

Não dá, não é mesmo?