Depois do jogo de ontem, contra os EUA, o basquete masculino do Brasil deve passar a ser visto com outros olhos por todos já que se portou muito bem em quadra.
Tudo bem que no 2º quarto, com a marcação pressão americana na quadra brasileira, o quinteto nacional teve enormes dificuldades até para chegar ao garrafão adversário. Convenhamos, os americanos sabem marcar como ninguém neste esporte e é complicado enfrentá-los até em amistosos.
Quando avançaram o time e fizeram marcação individual, foi duro e basta ver a enorme quantidade de turnovers brasileiro no quarto para entender o que estou falando.
De toda forma, vários jogadores tiveram atuação destacada na equipe. Marcelinho Huertas arrebentou e comandou a equipe nos momentos mais importantes do jogo fazendo jogadas habilidosas e arremessos precisos.
Leandrinho e Nenê (mesmo fora de forma) não comprometeram e passaram tranquilidade e experiência a todos e, Tiago Splitter, atuou bem nos rebotes tanto ofensivos quanto defensivos.
Achei a equipe brasileira muito tranquila e concentrada na partida de ontem e é notório o dedo do treinador Magnano no comando do selecionado nacional já que vários treinadores tiveram este mesmo elenco (ou pelo menos a mesma base) e não conseguiram montar um conjunto forte e competitivo como esse.
Vocês vêem que até no basquete temos carência de conceito tático do esporte tal qual no futebol?
Tivemos que importar um argentino para nos ensinar o caminho das pedras.
Dá para sonhar com medalha? Dá sim, por que não?
Mas ainda acho que França, Espanha, Argentina e Rússia estão um patamar acima do nosso time. De toda forma, se eles bobearem e/ou nossos jogadores estiverem com a mão calibrada, dá sim para encará-los de igual para igual.
Ontem, por exemplo, quando o Brasil esteve, no último quarto, a 5 pontos dos EUA, Marcelinho Machado errou 2 bolas de 3 pontos totalmente livre. E olhem que ele é especialista neste tipo de arremesso. Se ele tivesse acertado pelo menos 1 deles......
Não vejo a derrota como um ponto ruim. Vejo com um lado muito positivo e mostra que a equipe e o sistema de jogo adotados estão em sintonia.
Eu, que antes estava reticente com o desempenho brasileiro nestas Olimpíadas, vou mudar de opinião e passar a alimentar o sonho de ver o basquete brasileiro no pódio da competição.
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