Demorou pouco mais de 102 anos para o Corinthians conseguir a taça mais importante da sua história.
Diferentemente daquele jargão idiota, não foi a vitória ao estilo Corinthians.
Não, não foi sofrido, não foi emocionante. O jogo, na verdade, foi bem chato de se assistir já que eram 2 equipes extremamente defensivas e pouco criativas e habilidosas na frente.
O Corinthians começou muito mal o jogo, atrás, recuado em seu campo, dando chutões e dominado pelo time argentino do Boca Juniors que comandava as ações.
Quando resolveu atacar e marcar mais na frente (postura que gosto e defendo), o Corinthians equilibrou as ações e criou algumas oportunidades.
Fez seu gol MAIS UMA VEZ em um lance de bola parada, o que deu tranquilidade para o desfecho final.
Não contesto o título corintiano nem o minimizo. Vencer uma Libertadores não é coisa fácil e nem é para qualquer time. Se olharmos na história, muitos brasileiros já disputaram a competição e quantos conseguiram vencê-la?
O time teve sorte de campeão por todo o torneio. Se formos relembrar, tudo começou naquele gol de cabeça no último lance da partida contra o Deportivo Táchira, na Venezuela, que empatou um jogo perdido.
(Curiosidade: Todos os times que estrearam jogando todo de branco, empatando com o Deportivo Táchira, na Venezuela, acabaram campeões da Libertadores. Os outros times que ganharam estreando da mesma forma foram Boca Juniors e Santos).
Depois, no embate contra o Vasco, no Pacaembú, fez uma partida bem fraca sendo dominado a maior parte do tempo e tendo a SORTE de ver o Diego Souza perder o gol mais incrível da sua vida, gol que daria a classificação ao Vasco. Outro lance de SORTE na mesma partida, foi o gol, achado, de cabeça do Paulinho (proveniente de um lance de bola parada) nos momentos finais do 2º tempo quando todos já se preparavam para uma eventual disputa por pênaltis.
Contra o Santos, o time jogou muito defensivamente, pouco atacou e ACHOU um gol com Emerson Sheik. Gol que ele nunca havia feito na vida e duvido que volte a fazer da mesma forma. Gol é gol e não se discute, mas foi o único ataque do time corintiano em toda a partida. O goleiro do Santos, Rafael, foi um mero espectador da partida.
Na volta, no Pacaembú, quando perdia o jogo, o Corinthians novamente em um lance de bola parada, empatou o jogo e conseguiu a classificação.
Contra o Boca, na Argentina, de novo, a equipe joga mal, atua de maneira super defensiva e medrosa, não ataca, é dominada por todo o 2º tempo do jogo e ACHA um gol nos minutos finais com um estreante na competição (Romarinho) que havia entrado quando a equipe já perdia por 1 x 0. Repito, sorte de campeão.
Na volta, de novo no Pacaembú, em um lance de bola parada, faz seu gol abre o caminho para o título tão sonhado.
Viram quantos gols o Corinthians fez de bola parada?
Vitória é vitória, e essas obtidas pelo time brasileiro mesmo sendo de bola parada, são provenientes de treinamentos e competência na execução. Se os adversários não o estudaram direito ou não souberam anular as jogadas, é o Corinthians que tem que se preocupar com isso ou são os outros?
O mérito dessa conquista é do seu treinador. Tite, diferentemente dos treinadores brasileiros, conseguiu dar um padrão de jogo à equipe.
Não discuto se a equipe é retranqueira ou ofensiva. O que importa é que o Corinthians tem a sua forma de jogar INDEPENDENTEMENTE dos jogadores que vão a campo. Seja a equipe titular seja a reserva, o Corinthians atua da mesma forma.
Isso é trabalho, é conceito é treinamento. Talvez, só o Felipão tenha as mesmas qualidades táticas aqui no Brasil e, por isso mesmo, vivo cobrando que os grandes clubes do futebol nacional tentem trazer treinadores de fora (preferencialmente os argentinos), pois eles têm mais conceitos táticos e conhecimento do jogo que os brasileiros.
Parabéns ao Corinthians pela conquista da Libertadores e seja bem-vindo ao seleto grupo dos times que ganham competições internacionais de respeito.
Ah, não poderia deixar de mencionar que fiquei impressionado com a ansiedade, a angústia e a euforia que tomou conta dos corintianos com a conquista da Libertadores da América.
Tudo isso mostra o quanto os próprios corintianos consideravam como de "pouca" importância a conquista daquele tal "mundial" de clubes ganho pelo time no Brasil ante o Vasco.....
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