Aconteceu o que eu previa, a seleção brasileira sub-20 de futebol foi eliminada do Sulamericano sub-20 após perder de forma vexatória para o Peru.
A derrota foi simplesmente ridícula. A equipe não conseguiu trocar 3 passes consecutivos, não havia formação tática alguma e nem padrão de jogo.
Os jogadores brasileiros pareciam estar jogando uma pelada já que por diversas vezes o meia (Felipe Anderson) fazia cobranças de lateral e o lateral jogava de ponta sem voltar. Era zagueiro dando de atacante, atacante virando volante. Enfim, parecia mais um time de casado x solteiro do que uma equipe formada por jogadores que atuam (ou já atuaram) em times profissionais.
O pior é que venho avisando deste nosso problema na base há tempos. Não é de hoje que critico a nossa formação nas categorias inferiores.
É isso que dá ficar baseando convocações em jogadores de empresários amigos.
A FIFA está certa em abrir guerra contra os empresários do futebol. Não há nada mais prejudicial aos clubes que eles.
Na verdade, extinguiram a lei do passe para acabar com a "escravidão" dos jogadores junto aos clubes, mas agora, colocaram os clubes em situação ruim frente aos empresários. São eles que mandam.
Nos dias atuais, vale mais para o clube ser bem relacionado com algum empresário para lhe fornecer bons jogadores que ter nome e camisa conhecidos mundialmente.
Esse mercado, esse negócio que virou o futebol acabou com o esporte. Está tudo contaminado, podre mesmo.
Nem sempre os melhores vão a campo e nem sempre os melhores são convocados.
Isso vinha acontecendo com o Mano Menezes na seleção principal e está acontecendo na base.
Quem assiste e acompanha aos jogos das categorias inferiores pode ver que times como Bahia, Sport, Atlético/MG, Grêmio, Audax/SP, Rondonópolis/MT, só para citar alguns, tem jogadores bastante interessantes e de muito potencial e que nem sempre são lembrados. Ou melhor, nunca são lembrados.
Nesta nossa seleção, por exemplo, tem jogador do Botafogo que NUNCA atuou em uma partida profissional de forma decente, ou seja, nunca atuou bem e com personalidade e tem gente que fala que é uma joia, um craque. O tal do Dória é lento, fraco e não sabe se posicionar em campo, mas a imprensa já o vendeu para a Europa várias vezes.
O Dória foi só um exemplo, há outros como o do filho do Bebeto e por aí vai.
Enquanto não profissionalizarmos a formação dos nossos jogadores e nossos clubes não os tratarem como um patrimônio que poderá gerar lucros no futuro vamos ver a qualidade do nosso futebol cair e vamos passar vexames como o que passamos neste torneio.
Vale lembrar que, ontem, a seleção do Peru foi infinitamente superior ao Brasil. Era para ter sido uma goleada e o placar de 2 x 0 foi pequeno.
O Brasil já havia dado sinais de fraqueza e desentrosamento na vitória sobre a Venezuela com um gol de pênalti para lá de esquisito. Se o lance fosse o contrário (a favor da Venezuela), o juiz não teria dado, tenho certeza.
E agora? Vamos continuar com o Ernesto Ávila como treinador ou vamos colocar alguém com mais gabarito, experiência e competência para formar e desenvolver nossos jogadores?
Vamos continuar sendo amadores? Até quando?
O Peru já está nos passando em qualidade de jogo (na base, claro), quando será que a Bolívia nos baterá?
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