Em um jogo bastante movimentado, o São Paulo venceu o Cruzeiro, em Minas, por 3 x 2 e subiu na tabela de classificação do campeonato brasileiro.
Aposto que já vai ter gente criticando o trabalho do Celso Roth.
Aqui no Brasil é assim, o treinador vai do céu ao inferno em 1 jogo apenas (às vezes, até antes disso). É incrível como não há tempo para se desenvolver um trabalho decente por aqui.
Claro que ninguém gosta de perder, ainda mais em casa, mas existem partidas que seu jogo não encaixa e que a equipe não rende o esperado.
Hoje, por exemplo, o Montillo fez uma partida bem fraca. Ele correu muito, se dedicou, tentou armar algumas jogadas, mas nada que fizesse a diferença para o resultado.
O que mais me chamou a atenção neste jogo foi a disposição dos jogadores do São Paulo em campo. Sério, foi impressionante ver como a equipe correu, dividiu, lutou a todo momento. Uma postura bem diferente da que vinha tendo quando o Leão era o treinador.
Alguém ainda tem dúvida que jogador derruba técnico e que o elenco saopaulino estava contra ele?
Outro ponto importante na partida foi ver como as defesas dos 2 times são realmente fracas já que os ataques encontraram enorme facilidade para chegar à área adversária.
E olha que o São Paulo foi a campo com 3 zagueiros!
O Édson Silva (zagueiro do São Paulo) que fez um ótimo Brasileirão, ano passado, com o Figueirense foi mal demais. Errou cada bola fácil, levou dribles, deu espaço.
Nossa, será que foi o mesmo zagueiro que foi contratado pelo São Paulo ou foi um clone?
Ou, talvez, seja o esquema de jogo que é bem diferente e ele ainda não se adaptou ao conjunto do time paulista?
Isso acontece muito no futebol e pouca gente dá valor. O jogador encaixa como uma luva em um esquema em um time e quando muda, não se adapta perfeitamente.
E as diferenças de esquemas táticos são enormes. O Figueirense marcava na frente, forte, o meio de campo dava combate a todo momento. Já o São Paulo é uma equipe mais leve e que deixa o adversário jogar. O time joga rápido, mas leva muitos contra-ataques por conta disso.
Aí, um zagueiro mais pesado como o Édson Silva tem problemas para acompanhar o esquema de jogo e acertar a marcação e destoa do resto da equipe.
A pergunta que deixo no ar é:
É justo criticarmos o jogador por esta má partida? É justo questionarmos sua qualidade técnica?
Ou será que foi o São Paulo que não soube montar um conjunto adequado com as características dos seus jogadores?
Deixe-me ser mais claro, quando se monta um elenco para a disputa de um campeonato, monta-se de acordo com o esquema tático que se quer adotar, monta-se de acordo com a disposição tática que a equipe terá e conforme a velocidade que se quer colocar nas partidas.
Então, se você tem uma equipe leve, rápida e que não marca forte já que não tem nenhum volante trombador, é certo utilizar um zagueiro pesado e com pouca mobilidade?
Não seria melhor um que consiga cobrir as laterais e que saia para dar combate na intermediária? Ou, por que não, um que saiba sair jogando?
Quem é o errado nisso tudo? O jogador ou quem montou o elenco e definiu o esquema de jogo?
De toda forma, o São Paulo conseguiu uma boa vitória e subiu na tabela acabando com o princípio de crise que rondava o Morumbi.
Agora, se os erros continuarem, essa tranquilidade não durará por muito tempo.....
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