Não foi o Corinthians que o torcedor esperava e não foi a estreia dos sonhos, mas o time paulista fez seu papel e venceu o Al Ahly na semifinal do Mundial Interclubes 2012.
Não sei se foi a pressão da estreia ou se foi o fantasma do Tolima junto com o medo de outra eliminação precoce para um time infinitamente inferior, mas o fato é que o Corinthians entrou e saiu de campo disperso, desfocado, travado.
Não houve aquela marcação pressão na saída de bola, nem aquela saída rápida dos volantes puxando o contra-ataque e, para piorar tudo, os laterais, Alessandro e Fábio Santos, deram espaços demais no setor defensivo.
Na verdade, os 2 cometeram erros básicos, fundamentais no conceito de qualquer lateral profissional. Nunca, jamais deixe a lateral exposta a cruzamentos e feche para o meio.
Fábio Santos mesmo, dava campo para os atacantes egípcios em toda jogada. Parecia que estava com medo de fazer falta ou de dar uma dividida mais forte.
De toda forma, na final, não acredito que o Corinthians vá atuar de maneira tão frágil como foi nesta semifinal, principalmente se o adversário for o Chelsea. Aí, com o favoritismo passando para o outro lado, o time poderá jogar à sua maneira, contra-ataques e marcação forte.
O jogo de hoje prova aquilo que venho falando há muito tempo: que o time corintiano é armado para os contra-ataques. Portanto, sempre que teve que sair para fazer o resultado, teve enorme dificuldade já que seus meias são muito pesados (Danilo e Douglas), seus laterais jogam como veteranos e quem resolve mesmo são os volantes e atacantes que correm o campo inteiro o jogo todo.
Confesso que fiquei com a pulga atrás da orelha já que o Corinthians pode ser campeão jogando como um time pequeno, fechadinho, humildezinho lá atrás.
É isso mesmo que queremos como representante do melhor futebol do mundo (como diz a Globo)?
Bem diferente do jeito que o Tite falou que sua equipe jogava, não?
Não era o Chelsea que sentava a bunda lá trás e dava chutão para os atacantes resolverem?
Pois é, pimenta nos olhos dos outros é refresco, certo, Tite?
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